Acabei de ler o romance El infinito en la palma de la mano
de Gioconda Belli. Encontrei esse livro na livraria Ateneo.
Chamou-me atenção por três razões: estava em destaque por ser um lançamento, havia ganho o prêmio Biblioteca Breve, e, pelo que se propunha, poderia ser interessante de ler. Talvez esta última razão fosse a mais tênue, simplesmente porque ler sobre Adão e Eva, há de se convir, é algo pouco atrativo. No entanto, comprei.
Comprei, também, um livro de dois historiadores sobre o paralelo na história Brasil-Argentina entre 1850 e 2000. Um das razões para a compra desse livro foi que um dos autores é o Professor Boris Fausto da Universidade de São Paulo. Boris Fausto foi colega de meu pai no Colégio São Bento. Espero escrever sobre isso no futuro.
Volto ao tema dessa postagem. O livro de Gioconda Belli.
Imagine-se sendo o primeiro homem e a primeira mulher, construa, sob a perspectiva feminina, essa história, mescle aspectos físicos de sobrevivência com aspectos de consciência filosófica, use o livro mais antigo, use outros livros sobre livros antigos, mas, principalmente, faça isso com competência de um bom escritor. O resultado é o livro “El Infinito en la palma de la mano”.
O livro levou-me a ler a Bíblia. Como disse a autora, em sua apresentação do livro,: “Descubrí así que aunque Adán y Eva solo ocupan cuarenta versículos del Gênesis, su historia y la de sus hijos: Caín y Abel, Luluwa y Aklia, aparecen en numerosas relaciones e interpretaciones arcaicas”. Interessante que, apesar de tê-la em minha mesa de cabeceira, muito raramente a havia lido. Creio que isso acontece com muitas pessoas.
Outro aspecto interessante do livro é reviver através de Eva os questionamentos sobre o ser, sobre o conhecimento. O drama de Caim é relatado de uma maneira convincente, diferentemente de como normalmente se supõe. É bem narrada a constante preocupação em evitar contrariar ao criador e a constante preocupação com a atitude de Eva de comer do fruto da árvore do meio do Jardim. Também, é constante o sonho de voltar ao Paraíso.
Vale a pena ler. Poderia ter sido assim, mas o principal é que é uma boa leitura e que remete a elementos básicos da vida e nisso, obviamente, é muito atual.
quarta-feira, abril 23, 2008
Aklia
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sábado, abril 19, 2008
Neil Jordan
Neil Jordan é um diretor irlandês. Seus filmes mais conhecidos são: Traídos pelo Desejo ("The Crying Game"), Entrevista com o Vampiro ("Interview with the Vampire") e Mona Lisa. Assisti todos três. Muito bons. Além desses gostei também de Lance de Sorte ("The Good Thief"), com uma atuação muito boa do Nick Nolte.
Ontem, vi o filme Valente ("The Brave One") o último lançamento do diretor. Gostei. É preciso advertir: é um filme duro, o início é extremamente violento. Assistindo por DVD você pode controlar e aumentar a velocidade nessa parte. O ponto é que é um filme bem construído. Utiliza técnicas narrativas de paralelismo, que são importantes no contexto da historia, e usa com brilhantismo a interpretação da atriz principal Jodie Foster como a do coadjuvante Terrence Howard. O tema é a “justiça” feita fora da lei. É um mergulho profundo na transformação de um ser humano em um ser desumano. Mais um filme que aborda a violência urbana, mas com um tratamento mais profundo sob a ótica do indivíduo, que vê-se empurrado para resolver o problema pelas próprias mãos.
Um dos críticos que costumo consultar, James Berardinelli, vê a singularidade do filme ao tratar o assunto de maneira diferente dos tradicionais filmes de vingança.
Ontem, vi o filme Valente ("The Brave One") o último lançamento do diretor. Gostei. É preciso advertir: é um filme duro, o início é extremamente violento. Assistindo por DVD você pode controlar e aumentar a velocidade nessa parte. O ponto é que é um filme bem construído. Utiliza técnicas narrativas de paralelismo, que são importantes no contexto da historia, e usa com brilhantismo a interpretação da atriz principal Jodie Foster como a do coadjuvante Terrence Howard. O tema é a “justiça” feita fora da lei. É um mergulho profundo na transformação de um ser humano em um ser desumano. Mais um filme que aborda a violência urbana, mas com um tratamento mais profundo sob a ótica do indivíduo, que vê-se empurrado para resolver o problema pelas próprias mãos.
Um dos críticos que costumo consultar, James Berardinelli, vê a singularidade do filme ao tratar o assunto de maneira diferente dos tradicionais filmes de vingança.
sábado, abril 12, 2008
Obrigado, Juliana
Ontem fui ver o show de Rosa Passos no Mistura Fina.
Simplesmente Magistral!
A interpretação de Um Vestido de Bolero de Caymmi foi massa.
Por falar em Dorival Caymmi, foi bom escutar sua voz novamente. Essa voz que, quando pequeno, tanto escutava: meu pai era fan de Dorival Caymmi.
Simplesmente Magistral!
A interpretação de Um Vestido de Bolero de Caymmi foi massa.
Por falar em Dorival Caymmi, foi bom escutar sua voz novamente. Essa voz que, quando pequeno, tanto escutava: meu pai era fan de Dorival Caymmi.
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