domingo, agosto 27, 2006

Plutão não é mais planeta

Enquanto estamos, nós, aqui, preocupados em escolher nossos representantes no Congresso Nacional e também o próximo presidente, o mundo continua mudando.

É impressionante como as coisas mudam. Até Plutão não é mais planeta!

Mudar é algo inerente ao mundo. No entanto, às vezes, dá vontade de dizer: dá para ir mais devagar!

Lembro de uma citação, que usei do Prof. Milton Santos, que diz:
"Pode-se dizer que a velocidade assim utilizada é duplamente um dado da política e não da técnica. De fato o uso extremo da velocidade acaba por ser o imperativo das empresas hegemônicas e não das demais, para as quais o sentido da urgência não é uma constante. Todavia, a velocidade atual e tudo que vem com ela, e que dela decorre, não é inelutável nem imprescindível. Na verdade, ela não beneficia nem interessa à maioria da humanidade. Para quê, de fato, serve esse relógio despótico do mundo atual?"

Enquanto isso várias transformações estão ocorrendo.

E a economia? Estamos melhor do que estavamos antes?

As vezes, confesso, não sei responder: por mais que procure ler, não consigo formar uma opinião. PIB, distribuição de renda, emprego, IDH, ...

sábado, agosto 19, 2006

O que é saber votar?

Na década de 70, o maior jogador de futebol de todos os tempos foi duramente
criticado pela imprensa brasileira. Pelé teria dito que "Brasileiro não sabe votar".

Hoje, no século 21, leio o seguinte trecho no jornal O Globo:

"Mas ninguém pode negar que os hindus não se preocupam com a democracia,
ou muitos não trocariam seus votos por dentaduras e cestas básicas.
E por que os hindus não se preocupam com a democracia?
Simples: porque a democracia não se preocupa com eles.
Apenas finge se preocupar na temporada de eleições."

É parte do artigo "República de contradições" de Carlos Eduardo Novaes.

Votar é escolher. O ser humano escolhe a todo instante; tudo.

Preza a teoria que, quanto
mais informação se tem, melhor é a escolha. No entanto, é preciso processar essa informação, que terá sentido diverso de acordo com uma série de caractéristicas individuais do tomador de decisão, inclusive de seu nível de escolaridade ou de seu nível de renda. Cabe ressaltar, no entanto, que existem três problemas: a) o ser humano tem dificuldade de lidar com muitas informações, b) muitas informações estão codificadas de maneira inintelígivel, c) a teoria só vale se a informação for fiel aos fatos.

Independente do nível de escolaridade, é conhecimento comum que fumar faz mal a saúde; no entanto, encontramos pessoas de diferentes níveis de escolaridade optando por fumar. É uma escolha. Cada um faz a sua, a ninguém cabe criticar ou julgar. Só quem decide se a escolha foi a correta é quem escolheu. Essa é uma visão local (do indivíduo), mas que gera custos globais (para a sociedade), na medida em que a saúde desse indivíduo precisará ser (deveria ser) tratada.

O ideal seria que a escolha não fosse egoísta. Escolheriamos pensando no todo, solidariamente. No entanto, essa qualidade, solidariedade, independe do nível de escolaridade e/ou do nível de renda.

O melhor da democracia é que a escolha é livre.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Não Reclame: Vote!

Ontem, passando na Rua Jardim Botânico, vi, na rua Lopes Quintas, um cartaz de um candidato.

Não lembro do candidato, mas guardei o título "Não Reclame: Vote". Gostei.

Isso mesmo: vote.

Acabei de dar uma olhada na página da ONG Transparência. Eles fizeram um levantamento bastante detalhado dos candidatos à re-eleição. No entanto, essas informações não incluem os novos postulantes ao congresso nacional.

Interessante notar que a maioria das consultas vem do Estado de São Paulo.

domingo, agosto 13, 2006

Meu voto faz diferença?

Faz!

No entanto, vamos discorrer sobre isso. Em termos de números, um voto em milhões de votos é muito muito pouco. Claro. Essa linha de raciocínio leva a uma conclusão de que nosso voto não tem valor face a grande maioria.


Ao pensar assim algumas possibilidades aparecem:
1) votar nulo ou branco,
2) votar junto com todos,
3) votar na sua escolha independente dos outros.

Vejamos a opção 1), nesse caso, ao protestarmos com o voto nulo ou branco, estamos, no fundo votando junto com todos. Apesar de nosso voto não contar pontualmente para um determinado candidato, essa opção favorece a quem tem a maioria dos votos, na medida em que não apresenta uma alternativa. Muitos votam em branco ou nulo porque não acreditam no processo, ou porque querem protestar: contra todos os candidatos, ou contra o sistema. O que precisa ser entendido é que o esse voto, apesar de marcar posição, ajuda o candidato com maior número de votos. Portanto ao escolher a opção 1) temos que ter plena conciência de nossa decisão.

Vejamos a opção 2), ela é confortável. Significa que se todos, aparentemente, irão votar numa direção, é porque essa direção parece ser a melhor. Além do mais, se o candidato for eleito, ainda poderemos dizer que nosso voto ajudou a eleição, de certo modo, também seremos vitoriosos.

A opção 3) é a que é a esperada pelos desenhadores (inventores) do sistema de votação. Aqui é o ponto central do sistema democrático. Cada um, independente de quem seja, pode fazer sua escolha e votar na melhor opção, segundo sua consciência. A escolha é difícil, mas é uma grande oportunidade que temos para demonstrar ou lutar pela opção que acreditamos ser a melhor para nós e principalmente, apesar de utópico, para a sociedade.

Votar é um dever de todos para que possamos construir uma sociedade melhor. Pense sobre isso.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Democracia é muito bom!

Nesses tempos de falta de amor cívico somos, muitas vezes, levados a pensar sobre o sistema democrático.

Acabei, por coincidência, de visitar uma página sobre Winston Churchill. Lá encontrei uma citação que diz:

"Democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras formas
que têm sido experimentadas de tempos em tempos" (tradução livre de trecho de discurso na Casa dos Comuns 11 de Novembro de 1947).


terça-feira, agosto 08, 2006

Bem-vindo

Meu orientador de doutorado costumava dizer: "ideas are cheap, data is dear". No contexto científico, essa máxima, de que idéias são mais fáceis de virem a tona do que dados, é justificavel quando geram-se muitas idéias e não se oferecem maneiras de comprova-las.

Esse espaço não tem essa preocupação.

Opiniões são, como frizei, estritamente pessoais. Claro, são influenciadas por minha vivência científica, mas não são opiniões científicas. São opiniões de um cidadão.

Enfim. É isso.