quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Raios Verdes

Faz muito tempo vi um filme de Éric Rohmer, cujo o título, em
Francês, é Rayon Vert. É um filme no qual a protoganista procura
um sentido para sua vida. É um filme intimista, mas
carrega uma mensagem otimista. Assim me lembro.

No entanto, o que ficou desse filme foi sua cena final.
Nela os personagens assitem a um pôr do sol, no qual o raio
verde aparece. Esse raio verde é um raro fenômeno metereológico.
Diz a lenda, segundo o filme, que quem o vê, passa a ter um dom
especial de entender os sentimentos de outrem.

Repassando fotos que tirei no Big Sur, me lembrei que, no fundo,
ao fazer aquelas fotos, eu de certa maneira procurava, como
ainda procuro ver o raio verde.

Veja a foto que comentei no Flickr (é só clicar).

Looking for the Rayon Vert

Informações sobre o Raio Verde, achei na Wikipedia, mas em Inglês e ou Francês.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Poesia

Numa viagem recente ao Recife, notei que um arranha-céu da praia de Boa Viagem leva o nome do poeta Fernando Pessoa. Isso rendeu uma foto que gostei.

Fernando Pessoa em Boa Viagem

Procurando na rede um poema que fizesse sentido com a situação, notei que, em vários deles, Pessoa refere-se ao vento ou a brisa. A brisa é uma característica do litoral nordestino, portanto é proprio o lugar onde plataram o busto do poeta.

Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.

Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.

Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?

Fernando Pessoa, 27-11-1930